Aparentemente os esquemas de corrupção e desvios de verbas públicas estão em todos os poderes de todas as esferas da administração pública. Nosso último “achado” põe em tona o novo contrato de concessão do teleférico do Complexo do Alemão realizado pela Secretária Estadual de Transportes, em vigor desde o mês de Março deste ano, pelo prazo de 36 meses e valor total de R$ 97.430.400,00 para o Consórcio Rio Telefericos do qual fazem parte duas empresas que estão em nome de Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU Aroldo Cedraz.
A própria licitação em si foi conturbada, pois houve recurso interposto pela concorrente MPE Engenharia que foi desclassificada por supostamente entregar a proposta em desacordo com o edital, mesmo tenho feito uma proposta mais econômica do que a apresentada pela empresa de Cedraz e suspendeu a licitação no começo de Janeiro deste ano.
Porém no fim de Fevereiro um desembargador do TJRJ liberou a continuidade da licitação a pedido das empresas de Cedraz.
Abaixo reproduzimos na integra o relatório final da comissão de licitação disponível no SIGA.
E com toda esta confusão parece que se esqueceram de atualizar a licitação no SIGA, pois ainda consta como adjudicado e sem o consórcio como ganhador.
E se resta alguma dúvida, abaixo destacamos a composição societária do consórcio e das empresas que o compõem, trazendo o nome de Cedraz à tona.
Mas quem acha que as empresas dele estão somente no complexo do Alemão está enganado, pois ele também é responsável pelo teleférico do morro da Providência como segue na notícia abaixo.
E para piorar a situação para quem viu o nome Lava-Jato no trecho da reportagem acima não se engane, o nome de Cedraz está envolvido na operação Lava-Jato como destacamos nas notícias abaixo. A pergunta que fica no ar é porque as empresas de um investigado conseguem ganhar uma licitação pública? No mínimo deveria haver uma proibição para este tipo de caso.
Abaixo destacamos os valores retirados do portal de transparência:
Como se não bastasse tudo isso, ainda houve a publicação no diário oficial do dia 19 de Julho o aviso de que será realizada uma licitação para prestação de serviços de auditoria para atestar os valores das receitas e despesas do teleférico. Ora, os valores que estão contabilizados não são os corretos? Porque é necessário um atesto? E porque é necessária a contratação de uma empresa de auditoria se há servidores no estado para isso? Coisas que ninguém consegue entender...
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