quinta-feira, 28 de julho de 2016

Teleférico do Alemão – Nas mãos do filho do presidente do TCU

 

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Aparentemente os esquemas de corrupção e desvios de verbas públicas estão em todos os poderes de todas as esferas da administração pública. Nosso último “achado” põe em tona o novo contrato de concessão do teleférico do Complexo do Alemão realizado pela Secretária Estadual de Transportes, em vigor desde o mês de Março deste ano, pelo prazo de 36 meses e valor total de R$ 97.430.400,00 para o Consórcio Rio Telefericos do qual fazem parte duas empresas que estão em nome de Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU Aroldo Cedraz.

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A própria licitação em si foi conturbada, pois houve recurso interposto pela concorrente MPE Engenharia que foi desclassificada por supostamente entregar a proposta em desacordo com o edital, mesmo tenho feito uma proposta mais econômica do que a apresentada pela empresa de Cedraz e suspendeu a licitação no começo de Janeiro deste ano.

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Porém no fim de Fevereiro um desembargador do TJRJ liberou a continuidade da licitação a pedido das empresas de Cedraz.

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Abaixo reproduzimos na integra o relatório final da comissão de licitação disponível no SIGA.

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E com toda esta confusão parece que se esqueceram de atualizar a licitação no SIGA, pois ainda consta como adjudicado e sem o consórcio como ganhador.

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E se resta alguma dúvida, abaixo destacamos a composição societária do consórcio e das empresas que o compõem, trazendo o nome de Cedraz à tona.

 

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Mas quem acha que as empresas dele estão somente no complexo do Alemão está enganado, pois ele também é responsável pelo teleférico do morro da Providência como segue na notícia abaixo.

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E para piorar a situação para quem viu o nome Lava-Jato no trecho da reportagem acima não se engane, o nome de Cedraz está envolvido na operação Lava-Jato como destacamos nas notícias abaixo. A pergunta que fica no ar é porque as empresas de um investigado conseguem ganhar uma licitação pública? No mínimo deveria haver uma proibição para este tipo de caso.

Notícia 1

Notícia 2

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Abaixo destacamos os valores retirados do portal de transparência:

 

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Como se não bastasse tudo isso, ainda houve a publicação no diário oficial do dia 19 de Julho o aviso de que será realizada uma licitação para prestação de serviços de auditoria para atestar os valores das receitas e despesas do teleférico. Ora, os valores que estão contabilizados não são os corretos? Porque é necessário um atesto? E porque é necessária a contratação de uma empresa de auditoria se há servidores no estado para isso? Coisas que ninguém consegue entender...

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